terça-feira, 25 de agosto de 2009

Modigliani (1884 - 1920)







Amedeo Clemente Modigliani nasceu na região da Toscana, na cidade de Livorno, em 12 de julho de 1884, de família judaica, sendo o quarto e último filho de Flaminio Modigliani. Ainda menino demonstrava interesse pela pintura, no que foi incentivado por sua mãe, Eugenia Garsin, com quem visitava museus de arte e que o matriculou, como aluno, no estúdio de Guglielmo Micheli. Na infância, sofreu de tifo, uma doença transmitida por piolhos, o que comprometeu sua saúde pelo resto da vida - mas cujo tratamento forçava-o a constantes viagens e grande intercâmbio cultural até a mudança definitiva a Paris, em 1906.
Como outros pintores e artistas, viveu a experiência da extrema pobreza. Por meio dos companheiros de arte, conheceu o poeta polaco Leopold Zborowski, que se tornaria seu melhor e mais devotado amigo, além de incentivador e marchand. Em 1917, Zborowski consegue para Modigliani uma exposição individual na galeria Weil. A exposição durou apenas um dia, pois se transformou num escândalo devido aos nus expostos na vitrine da galeria. Retratado no filme, mas sem mostrar os quadros, apenas a confusão onde a polícia veio com Picasso, que foi seu grande rival. A grande musa de Modigliani foi Jeanne Hébuterne, com quem teve uma filha, Jeanne, em 1918.
Complicações na saúde fazem o pintor viajar para o sul da França com a esposa e a filha, a fim de recuperar-se. Retorna a Paris ao final de 1918. Na noite de 24 de janeiro de 1920, aos 36 anos, Modigliani morre de tuberculose, agravada pelo consumo excessivo de álcool e drogas (haxixe). Foi sepultado no célebre Cemitério do Père-Lachaise.
No dia seguinte à morte do pintor, sua esposa Jeanne, grávida de nove meses, suicidou-se ao atirar-se do quinto andar de um edifício.
O encontro com o escultor Constantin Brancusi marcou a carreira de Modigliani, que, por um longo período, abandonou a pintura pela escultura. Impressionado pelo cubismo, muito influenciado por Cézanne, Toulouse-Lautrec e Pablo Picasso, o artista executou nesse período esculturas nas quais se misturam influências da escola de Siena e da arte da África negra, sobretudo das esculturas do Congo e do Gabão.
Os temas preferidos de Modigliani foram, a partir de então, os retratos e os nus femininos com modelos que, segundo o artista, expressavam "a muda aceitação da vida". Com o raro dom de conseguir uma imediata empatia entre seus retratos e o observador, dotou suas figuras de uma sensualidade que se transmite não pela nudez, mas pelo movimento e pelo alongamento dos traços.
Essa breve fase final do artista foi a mais importante de sua obra, caracterizada por um despojamento que alguns críticos creditaram a sua inclinação para a escultura. Modigliani morreu em Paris, em 24 de janeiro de 1920.
Fruto de diversas culturas, amigo de tantos artistas e encontrando-se numa conturbada fase de questionamentos e transições, sua obra entretanto não pode ser considerada filiada a nenhum dos estilos, dotada toda ela de um estilo próprio e autônomo.

A biografia do filme foca os últimos anos da vida de Modigliani, mostrando seu vício pela bebida, suas lembranças da infância discriminada por ser judeu, sua participação em um concurso local, onde consegue ganhar de Pablo Picasso e Diego Rivera. No filme, morre sem saber o resultado do concurso. A relação com os amigos - principalmente a relação intrigante de amor e ódio que ele desenvolve com Picasso, o drama da conquista da guarda de sua filha, enfim, seus altos e baixos. Não há um fato central no filme, tudo foi muito bem encaixado em volta da paixão de Modigliani pela vida e pela arte, mas com o cuidado de não se criar uma obra sem nexo.
Uma de suas obras - Libellés

Sua musa e mulher, Jeanne Hébuteme

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